Plural. Foi assim que levantei hoje de manhã. Plural. Quieta, sorridente, empolgada, silenciosa. Sem voz, com sono, sem paciência, com dor. Absolutamente convicta de que o meu estado de espírito não afeta ninguém no mundo. E sem me importar caso afete. Posso ser e estar o que quiser.
É fácil sair de casa, dar bom dia, tomar café, pegar ônibus. Difícil é ter o que falar. Ter quem te escute. Conviver.
Há muito tempo não me sentia incomodada em ter de me misturar, sociabilizar. Mas o incômodo veio, mesclado a uma estranha sensação de estar fora do plano real. Como se estivesse envolta em camadas e camadas de bruma.
Hoje não há voz para dizer o que for preciso. E não haverão ouvidos para escutar o desnecessário.
É confortável abrigar-me sob o silêncio...
Vou tomar sorvete sentada sobre a grama molhada.
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