Crianças são fabulosas. Como é que elas conseguem arrancar sorrisos largos e sinceros de mim tão facilmente? Basta ouvir barulho de criança e o sorriso vem a galope tomar minha boca, explorando toda a elasticidade do meu rosto. É irresistível.
Há dois minutos atrás eu parecia uma menina de cinco anos de idade; uma moça (a Roberta) apareceu no meu trabalho com o filho de dez meses, o Vitor. Grandes bochechas, olhos espertos, manhoso até não poder mais. Quer coisa mais gostosa? Só carregando no colo pra melhorar.
Sentamos os dois (eu e Vitor) na minha cadeira, em frente ao computador. Como todo menino pequeno, nada escapava a sua gana de querer pegar, bater, colocar na boca, jogar pro alto. Primeiro foi meu celular que quase morreu afogado; depois o teclado, que, não fossem as minhas intervenções, estaria semi estraçalhado. Coloquei o fone perto do seu ouvido - estava tocando Nando Reis - e, após ouvir a música por trinta segundos, lá foi o Vitor puxar o fio. Minhas tentativas para distraí-lo foram frustradas, mas nada poderia ter sido tão divertido...
Passei quase duas horas assim, brincando. Meu trabalho se transformara em um playground. Provavelmente alguns usuários me olharam torto - mortos de inveja -, outros riram das bobagens que eu falei. Provavelmente, porque não parei para reparar nem por um segundo.
Achei que havia perdido a leveza em algum episódio dolorido desta minha curta jornada. Perdi sim. Mas acabei de reencontrá-la. No Vitor? Não. Dentro de mim.
boa postagem essa.
ResponderExcluirGostou?
ResponderExcluirCrianças me inspiram :)
Tô escrevendo um conto, mas sou meio lerda e vai demorar...