Quinze minutos atrás um amigo lançou uma pergunta: porque os homens se apaixonam pelo que vêem e as mulheres pelo que ouvem? Era uma pergunta retórica, um desabafo, e deveria ter se encerrado na minha resposta "não sei, nunca parei pra pensar nisso". Só que comecei a pensar. E em mais do que os porquês de nos apaixonarmos; por quê nos apaixonamos tanto?
Fico extremamente tentada a usar o Mário Quintana pra (me) justificar, "no entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo: as andorinhas é que mudam", mas tenho plena consciência de que é um engodo. Difícil enganar a si mesmo, né? Às vezes esse "hábito" de apaixonar constantemente parece uma doença crônica, da qual queremos nos livrar e conseguimos, no máximo e com muito custo, minimizar os sintomas. Não que paixão ou amor sejam aspectos negativos da vida; o problema reside no excesso.
Como determinar o "ponto ótimo" de estar apaixonada? Como identificar o limite e saber se estamos ultrapassando-o? E, o questionamento que me consome neste exato momento, como parar? Como estancar essa ferida aberta, que verte continuamente os sentimentos pra fora? Porque dentre todas essas dúvidas, de uma coisa estou certa: eu gosto de me apaixonar, mas tem hora que cansa...
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