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Mostrando postagens de novembro, 2011

Mentir pra mim

Um coração vazio parece bater mais, muito mais que um cheio de alguém. Bate tanto e por tão nada que chega a doer... Queria tanto enganar a mim mesma! Me apaixonar platonicamente, me iludir! Mas a consciência da realidade e dos homens é tanta que não sinto mais os efeitos do suave veneno que é o engodo.

O escorpião, o sapo e o rio

Quando minha mãe quer explicar sobre a imutabilidade de certas situações ou discutir sobre o comportamento humano, ela quase sempre conta a história do sapo e o escorpião. Havia um rio, um sapo nadando e um escorpião em uma das margens. O escorpião chama o sapo e pede "por favor, sapinho, poderia me levar à outra margem do rio?" O sapo olha desconfiado e responde "você acha que eu sou doido? Você vai me picar, meu corpo vai ficar paralizado e vou afundar!" O escorpião faz mil promessas, “se eu o picar nós dois afundaríamos, não seja tolo!”, e convence o sapo a fazer a travessia. O escorpião sobe nas costas do sapo, e eles entram no rio. No entanto, quase chegando do outro lado, o escorpião crava seu ferrão no sapo; já sob o efeito do veneno, o sapo questiona "por que você me picou? agora nós dois vamos morrer!" E o escorpião responde, antes de afundar, "me desculpe, eu sou um escorpião e essa é a minha natureza."  Eu também gosto muito de

Ponto ótimo

Quinze minutos atrás um amigo lançou uma pergunta: porque os homens se apaixonam pelo que vêem e as mulheres pelo que ouvem? Era uma pergunta retórica, um desabafo, e deveria ter se encerrado na minha resposta "não sei, nunca parei pra pensar nisso". Só que comecei a pensar. E em mais do que os porquês de nos apaixonarmos; por quê nos apaixonamos tanto? Fico extremamente tentada a usar o Mário Quintana pra (me) justificar, " no entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo: as andorinhas é que mudam ", mas tenho plena consciência de que é um engodo. Difícil enganar a si mesmo, né? Às vezes esse "hábito" de apaixonar constantemente parece uma doença crônica, da qual queremos nos livrar e conseguimos, no máximo e com muito custo, minimizar os sintomas. Não que paixão ou amor sejam aspectos negativos da vida; o problema reside no excesso. Como determinar o "ponto ótimo" de estar apaixonada? Como identificar o limite e saber se estamos ultrapassa