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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

(Nada) poeticamente insone

Segunda noite sem dormir. Segunda noite que fecho o livro e ele não vai embora. No escuro do quarto sinto o cheiro, o calor, o hálito que eu, e tão somente eu, conheço (pois foi eu quem os determinou). Vai dormir, eu-lírico! Vai e leva junto este seu namorado louco de papel que não me dá sossego! Põe a mão nas minhas costas, a boca em meu ouvido, roça o nariz em minha face... Entreguem-se em outro lugar e me deixem na paz branca e imaculada do sono! Que eu preciso descansar, preciso de carinho e preciso de realidade.

Poeticamente amante

Me apaixonei por um personagem! Ê coração errado... Ê coração errante! E se foi meu eu-lírico quem se apaixonou, não eu? Será que existe licença poética para eu-lírico se apaixonar? Fecho o livro e pufht!, ele se vai. Fora das páginas nada, necas, nem uma gotinha de suor. Mas é pôr os olhos nas letras e lá está! Nas entrelinhas, nos parágrafos, notas de rodapé, capa e contracapa. Que dor abandoná-lo na mesa de cabeceira...

Brrrr

Confundindo o que sou, o que gostaria de ser, o que os outros acham que sou, o que eu acho que os outros acham que sou: bicho de sete cabeças barata meleca criança adultos braços curtos mundo grande quero tudo quero nada choro vela livro som grito partida riso fui fui fui.