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Mostrando postagens de janeiro, 2006

Tentativa

Há de chegar o dia em que escreverei sobre meus amigos, contado assim, ao mundo, o grande segredo de meus tantos sorrisos. Um dia diria a todos que seus abraços me são mui caros, seus despreocupados "olás", uma benção. Este dia há de chegar - há sim senhor! -, no qual saberão que, não fossem eles, eu não passaria de uma murcha maria-sem-vergonha, flor seca. Não é mistério, contudo, que este dia não é hoje; tenho um roto coração e migalhas de alma para recuperar. Mas há de chegar...

Não é o que se pensa...

Peço desculpas a todos aqueles que levam este blog a sério; infelizmente a função deste não é ser sério, ou contundente. Serve tão somente como depósito daquilo que penso sob a forma de textos que nem sempre são um reflexo exato do que vivo. De vez em quando são só textos, jogos de palavras. Dou-me o direito, hoje, de postar aqui algo que me fez dar gargalhadas o dia inteiro. É fofinho!

Antes ou depois do ano acabar?

Passam de duas horas da manhã, e pela centésima vez meu castelo de cartas cai antes que eu coloque o derradeiro par. Todos dormem, a casa está em absoluto silêncio; nem a minha respiração é capaz de macular a aura quase mística que envolve minha insônia. Quando era pequena me punha a construir castelos, a imaginar que seria "o meu castelo", onde eu iria morar com meu amado, teria meus filhinhos, e morreria bem velhinha. Agora, aos quase vinte, empilho cartas para me distrair, nada de amores, filhos ou planos para morrer. Brincar com o baralho pode parecer uma atividade solitária, mas não é; é uma atividade "esvaziadora". Me concentro nas cartas e esqueço do mundo. "Adios" problemas, preocupações e sentimentalismos. Um momento egoísta? Sim, extremamente. Masturbação do ócio -- pena que se torne enfadonha após prática constante. Baralho e porre. Duas coisas as quais posso me dar o luxo de usufruir apenas algumas vezes ao longo do ano. O exagero leva à falsa