Por mais que eu tente não consigo fugir dos meus hábitos. Ou seriam vícios? Digo vícios porque há momentos - e quantos! - em que há uma discordância abismal entre o que quero fazer e o que acho que deve ser feito. Via de regra me guio pela vontade, via de regra descubro depois que teria sido melhor aceitar a enfadonha voz da razão. Sei dos cacos de vidro e do passo em falso, mas insisto em correr sem olhar para o chão. Sincericídio? Sempre, e só para mim. Se eu não puder ser honesta e enxergar de frente o que sinto, percebo, intenciono ou desejo, com o quê ou quem poderei ser? Melhor saber quando é a vovozinha e quando é o lobo mau: ao menos você tem certeza de quem vai te comer.